sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Regendo uma Orquestra com uma Planta Carnívora nas Mãos

A dor é tensão, ilusão... é importante deixa-lá aproximar-se e fluir. Tudo controla a noite e as nuvens nos mostrarão as torrentes da vida ; nessa hora é preciso devastar qualquer norma de conduta que as regras dos homens pregam porque a razão não é capaz de atingir além do horizonte ,o finito nunca compreenderá adequadamente o infinito.

Tentar entender a si mesmo é esquecer de si mesmo, se permitir deixando que cada coisa ocupe seu verdadeiro lugar escorregando, se esparramando e lentamente se encaixando sem nomes ou categorias.

O curso da água da dor é rápido e irregular, como vindo da enxurrada, é selvagem , irracional ,desafiador ... Ao seu término o que se vislumbra é o êxtase. Mas ele finda.
E agora?

A toupeira é inconsciente ... mas sempre cava a terra numa direção específica, como numa espécie de movimento de rebeldia perpétua , nas paredes, no mar, na fechadura, no meu nariz...quantos mais observarmos o mundo mais podemos reparar uma certa energia cósmica de formas e tamanhos onde tudo há de se encaixar. Olhar ao redor indica caos absoluto, mas olhar de cima numa perspectiva de Deus permite que tudo se explique , ainda que sensorialmente ;com perfeição.

Matéria se junta , encaixa, combina, cobre, preenche ,mas e sentimento? Não.

Maduros, pulsantes de tremor, vivos!!! brutais... melancólicos
A pureza não pertence a esse mundo ,e nem pode pertencer já que somos armados com desejos, vontades , curiosidades, necessidades que contrariam o significado dessa palavra que nem na primeira infância se encaixa.

E porque da culpa ? do sofrimento? do apego ?
Ilusão.

Não é a consciência do homem que determina sua existência, é sua existência social que determina sua consciência. Maldita seja a ternura ... somos seres carentes e egoístas ,por vezes não sabemos dar , por vezes receber ; mas precisamos de amor.

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