sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A dor do parto é doída, mas eu tenho que partir...



O sol não teve força suficiente para romper a barreira de nuvens cinzentas, e ficou escondido justamente para não se comprometer, depois ninguém pode culpa-lo...

Um despertar para novas visões e possibilidades ja ficou no passado. Agora ja é hora de realiza-lo, pois mais sábio do que o que ensina, é o que aprende, e quando o mestre deixa de ser um "deus" para tronar-se uma pessoa comum , apenas com milhares de kilometros rodados a mais na estrada da vida , entende-se que é humanamente possível segui-lo na caminhada ; o foco de luz sai do astro e já pode iluminar o palco inteiro.

Já não me encontro enfeitiçada pelos "encantos" , que na verdade são meus próprios sonhos refletidos em águas que já não são turvas ; já cruzei a fronteira das dimensões e agora me encontro com um pé em cada mundo, e não pretendo sair dessa rota . Conto de fadas e realidades cruéis coexistem e é assim que meu mundo existe :com a necessidade cade vez maior de alterar a consciência da realidade imposta, de ajuda para enfrentar esse jogo nervoso, de andar e flutuar, olhar nos olhos das pessoas, desesperadamente sentir as pessoas e só assim acreditar que é tudo verdade.

E sobre correr atrás da liberdade já entendo que a maior que podemos e conseguimos na vida, acaba-se tornardo também a nossa maior prisão, se não enterdermos que cada liberdade tem seu tempo e seu preço pré determinados pois o padrão que define é o mesmo que aprisiona .

Meus devaneios já ganharam uma âncora, que quando necessaria é lançada ao mar onde viaja entre peixes coloridos, dança entre algas e coráis e uma hora infelizmente afunda, mas melhor submergir com possibilidade de ser puxada de volta ao navio do que perder-se entre nuvens de fumaça intangíveis .

Mas sem preocupações... do mal que tenho , não posso e não vou me curar .

E é por isso que só agora , perto da hora do sol se pôr, que o mesmo aparece , só para deixar a esperança não ser posta de lado e poder brilhar nem que por apenas alguns minutos , e é assim que a vida nos quer : solitários em nossa própria raia, lutando , dando braçadas e sempre nos preparando para algo ainda muito maior.

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