quinta-feira, 30 de julho de 2009

Cachecol de lã para o frio...



Sabe aquela idéia, aquele pensamento bem “cabeludo”; adorável para assustar seus amigos, sua manicure e todos a sua volta?

A sensação maravilhosa de romper com as idéias pré fabricadas das cabeças das pessoas (e não é só da classe média não, ultimamente os menos abonados tem tido idéias muito mais burguesas do que os próprios burgueses... é um tal de combo que inclui casamento, família, propriedade e religião, com calda quente de duplas sertanejas pop ,que chega a causar náuseas nos menos avisados ...)

A graça toda da estória está em conceber pensamentos radicais que choquem e provoquem mexericos por toda sua rede de contatos... Você será Napoleão dos novos tempos: louco, irresponsável, inconseqüente, obstinado e talvez até misterioso... E gozar dessa condição é realmente uma experiência incrível ainda que realmente você compactue desses pensamentos, o ato de aumentar um ponto a cada conto é que romanceia a vida.

O problema todo está em de repente se ver perdido em sua própria ficção, isso pode gerar alguns conflitos internos e fazer perder realmente o fio da meada. É preciso algum controle sobre as agulhas com as quais seu cachecol de crochê é tecido para que ele não te enforque.

A verdade é que para enxergarmos além do nosso presente, e ainda arrisco: podendo até sermos visionários; é necessário ir além... O exagero é bem vindo, na estrada de 120km/h aceleramos para 180km/h para deixar o corpo experimentar a velocidade e, depois ,aos poucos frear até encontrar sua própria velocidade. Porque o fantástico não precisa necessariamente violar as leis naturais, ele não reside no reino do impossível. O contato com a realidade quando esta é percebida naturalmente, sem filtros nem véus de preconceitos, conformismos, hábitos, educações e o que se chama de “intelecto”, é o que de mais “mágico” podemos experimentar.

Alice caiu no buraco, e voltou com ocasionais prenúncios de primavera. O sorriso sem expressão do gato não tem assusta?

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