quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Toute ma vie, c'est courir après des choses qui se sauvent (toda minha vida é correr atrás de coisas que escapam)



Os incompreendidos para mim é o mais belo dos cinco filmes que completam a vida de Doinel.Tanta maldade, crueldade, indiferença,amor.... tanta poesia em preto e branco e aquela cena da praia que ficou impressa em minha mente ...

Collete realmente conseguiu marcar o primeiro amor como uma utopia que fere, machuca e, não obstante da realidade nós fugimos,nos trancamos em lugares ou vidas que não tem a mínima sintonia com quem somos verdadeiramente ,e quando abrirmos os olhos o tempo já passou e torna-se tarefa patética tentar correr afim de alcança-lo.

Para mim Doinel é o eterno apaixonado ,mas não por uma estória, por todas as estórias, por toda a magia dos primeiros encontros com seus frios na barriga ,mãos geladas e olhares furtivos e curiosos.
Quem sofre dessa enfermidade , de ser um apaixonado, na verdade tem paixão por tudo , de pessoas à cheiro de chuva , por do sol , vida ....
e a forma simples, bem humorada e poética com que truffaut nos fala de amor é o que me fez apaixonar por ele .


Antoine Doinel;

- Os Incompreendidos
(Les 400 Coups, FRA, 1959, P&B, 100')

- incluindo o média-metragem Antoine e Colette

- Beijos Proibidos
(Baisers Volés, FRA, 1968, Cor, 90')

- Domicílio Conjugal
(Domicile Conjugal, FRA, 1970, Cor, 100')

- O Amor em Fuga
(L'Amour en Fuite, FRA, 1979, Cor, 95')

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